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Atualizado: 08/09/2025 às 17:00
Equipe Investimentos Santander
INVESTIMENTOS
Rebalanceamento de carteira de investimentos: como fazer do jeito certo?
Manter uma carteira de investimentos bem estruturada vai além de escolher bons ativos. Com o tempo, mudanças no mercado e na própria vida financeira podem alterar a proporção ideal entre Renda Fixa, ações, Fundos e outras aplicações.
Recentemente, a 8ª edição do Raio-X do Investidor Brasileiro, produzida pela ANBIMA, revelou que apenas 17% da população investe em mais de um tipo de produto financeiro.
É nesse ponto que o rebalanceamento de carteira se torna relevante: um processo estratégico para manter seu portfólio alinhado aos seus objetivos, perfil de risco e horizonte de investimento, garantindo mais consistência e segurança na gestão do patrimônio.
Leia até o final e entenda como isso deve ser feito na prática.
O que é o rebalanceamento de carteira de investimentos?
O rebalanceamento de carteira de investimentos é o ajuste regular da alocação dos seus investimentos, com o objetivo de preservar a estratégia de risco e retorno inicialmente definida.
Com as oscilações do mercado, alguns ativos podem se valorizar mais que outros, alterando o peso planejado para cada classe, como Renda Fixa, ações ou Fundos.
Portanto, isso resguarda seu patrimônio de riscos que não se alinham ao seu perfil, prevenindo a perda de ganhos ou o não alcance de objetivos. Adicionalmente, evita a exposição excessiva a um único ativo ou classe de investimento.
Ao rebalancear, você reorganiza a proporção de cada ativo em relação ao total e realoca em áreas que ficaram para trás, preservando o equilíbrio entre risco e retorno.
Quando devo fazer o rebalanceamento do meu portfólio?
Apesar do crescimento na Bolsa, a maioria do patrimônio investido em produtos financeiros no Brasil ainda está em Renda Fixa.
Dados do Raio-X da ANBIMA, citado no início do artigo, mostram que boa parte dos recursos de pessoas físicas estão alocados em produtos tradicionais como CDBs, LCI, LCA e Poupança.
Isso demonstra que o rebalanceamento de carteiras em Renda Fixa e Variável é uma prática fundamental para o investidor.
O rebalanceamento do portfólio deve ser considerado sempre que houver mudanças relevantes que afetem seus objetivos ou a composição da carteira.
Desse modo, alguns momentos-chave são:
- Oscilações fortes em ativos: se um ativo se valoriza ou desvaloriza demais, pode comprometer o equilíbrio geral do portfólio.
- Mudança no perfil de risco: com o tempo e experiência, se você passa a aceitar menos ou mais volatilidade, é preciso ajustar a exposição a ativos menos ou mais arriscados.
- Novos objetivos de vida: alterações como aposentadoria, obter renda mais passiva, aquisição de bens, ou sucessão patrimonial exigem nova estratégia.
- Evolução da idade: quanto mais próximo de metas importantes, maior tende a ser a necessidade de proteção e preservação do capital.
- Baixa diversificação: concentrar demais em um setor, classe ou ativo aumenta o risco e demanda mais diversificação.
- Cenário econômico com novas oportunidades: taxas de juros, câmbio ou mudanças setoriais podem abrir espaço para realocações estratégicas.
- Necessidade de postura mais defensiva ou arrojada: ajustes macroeconômicos podem exigir mais proteção ou maior exposição a risco.
Ademais, o rebalanceamento não deve ser visto como uma ação isolada, mas como parte de uma estratégia contínua de preservação e crescimento do patrimônio.
Ao ajustar o portfólio diante de mudanças pessoais ou de mercado, o investidor mantém seus investimentos alinhados aos objetivos de longo prazo, reduz riscos desnecessários e aproveita oportunidades de forma planejada e eficiente.
Como fazer o rebalanceamento da carteira de investimentos?
Na prática, o rebalanceamento da carteira de investimentos deve ser feito de forma estruturada e racional.
Para fazer isso, alguns passos e cuidados importantes incluem:
- Avaliar riscos e fundamentos: antes de agir, entenda se a mudança no preço ou na relação risco x retorno são estruturais ou momentâneas; muitas vezes, o mercado se corrige sozinho.
- Cuidar dos custos e impostos: planeje as operações para não perder parte dos ganhos em taxas de resgate, impostos ou tributos desnecessários.
- Aproveitar as quedas para comprar bons ativos: momentos de baixa podem ser uma oportunidade para fortalecer posições estratégicas atuais.
- Focar no longo prazo: evite girar a carteira excessivamente ou guiado pela emoção. Realize o rebalanceamento poucas vezes por ano, ou quando houver uma grande movimentação no portfólio que altere a estratégia base desenhada.
- Para quem pratica o buy & hold: priorize os fundamentos das empresas ou Fundos, não apenas as oscilações de preço.
- Consulte um profissional: sempre peça a opinião do seu Assessor de Investimentos, ele vai lhe auxiliar na montagem da melhor diversificação para o seu perfil.
- Use a tecnologia: corretoras como a Toro Investimentos já oferecem uma plataforma que ajuda a visualizar a alocação de patrimônio e criar uma estratégia para rebalancear.
Por fim, o rebalanceamento deve ser feito com disciplina, análise criteriosa e foco no longo prazo.
Mais do que reagir a oscilações de curto prazo, trata-se de manter a carteira alinhada à estratégia original, protegendo o patrimônio e potencializando ganhos de forma eficiente. Por isso, nossos especialistas contam com uma estrutura global para analisar o mercado e indicar os produtos ideais para sua estratégia.
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